Jornalista do New York Times morre na Síria após ataque de asma
Nova York - O jornalista do diário americano New York Times Anthony Shadid, premiado duas vezes com o Pulitzer graças aos seus artigos ricamente elaborados sobre o turbulento Oriente Médio, região que cobriu durante duas décadas, morreu na Síria de um ataque de asma. Shadid, de 43 anos, havia entrado sorrateiramente na Síria para informar sobre a sangrenta repressão de uma revolta de militantes democratas. O ataque de asma que sofreu na quinta-feira aparentemente foi desencadeado pelos cavalos utilizados pelos guias, indicou o New York Times.
"Anthony morreu como havia vivido, decidido a testemunhar sobre a transformação que o Oriente Médio está sofrendo e sobre o sofrimento das pessoas presas entre a opressão governamental e as forças opositoras", escreveu em uma mensagem eletrônica aos funcionários do New York Times a diretora-executiva deste jornal, Jill Abramson.
Ganhou dois Prêmios Pulitzer - a maior honra no jornalismo americano - em 2004 e 2010 por sua cobertura da invasão do Iraque, dirigida pelos Estados Unidos, e o caos posterior neste país, para o Washington Post.
Shadid era um americano descendente de libaneses que dominava o idioma árabe, e documentou a guerra com histórias comoventes do povo iraquiano em seu livro "Night Draws Near: Iraq’s People in the Shadow of America’s War", publicado em 2005. Recentemente, cobriu as revoltas que atingiram o mundo árabe do Egito, Síria e Líbia, onde ele e outros jornalistas do New York Times foram detidos e maltratados pelas forças leais a Muamar Kadhafi.
Começou sua carreira no escritório do Cairo da agência de notícias Associated Press, de 1995 a 1999. Depois, trabalhou para o Boston Globe e para o Washington Post. Shadid era casado e tinha dois filhos.
FONTE
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2012/02/17/interna_mundo,290193/jornalista-do-new-york-times-morre-na-siria-apos-ataque-de-asma.shtml
Jornalismo, independentemente de qualquer definição acadêmica, é uma fascinante batalha pela conquista das mentes e corações de seus alvos: leitores, telespectadores ou ouvintes. Uma batalha geralmente sutil e que usa uma arma de aparência extremamente inofensiva: a palavra, acrescida, no caso da televisão, de imagens. Entrar no universo do jornalismo significa ver essa batalha por dentro, desvendar o mito da objetividade, saber quais são as fontes, discutir a liberdade de imprensa no Brasil.

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