terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Acre recebeu R$ 73 milhões de Bolsa Família em 2011 

 O Estado do Acre recebeu R$ 73,3 milhões de pagamento dos benefícios do Bolsa Família durante o ano de 2011. De acordo com dados oficiais do governo federal, pelo menos 55 mil acreanos são atendidos pelo principal programa de transferência de renda. Levantamento de Agazeta.net mostra que Rio Branco ficou com 32% do Bolsa Família destinado para o Estado.


A capital recebeu R$ 24 milhões. Na lista das cidades líderes em participação do programa na economia local segue Cruzeiro do Sul (R$ 9,8 milhões), Sena Madureira (R$ 5,4 milhões), Feijó (R$ 4,8 milhões) e Tarauacá (R$ 4 milhões). A pequena Santa Rosa do Purus ocupa a última posição, com R$ 518 mil.

Principal programa social do governo petista, o Bolsa Família é apontado como um dos responsáveis pela ascensão de milhões de brasileiros dos estratos mais miseráveis para as classes C e D.

O Bolsa Família é criticado pela oposição por se consistir apenas no repasse de dinheiro, sem oferecer a qualificação para que os beneficiários possam ser inseridos no mercado de trabalho.

Distribuição de renda

Os dados do Censo 2010 mostram que o Estado do Acre continua com profundas desigualdades sociais no tocante à distribuição de renda. De acordo com o IBGE, enquanto 16,9% da população acreana vive com até um salário mínimo (R$ 545) por mês, apenas 2,1% têm o privilégio de contar com 10 salários mínimos, ou R$ 5.450.

O total da população com rendimentos que alcançam dois salários mínimos (R$ 1.090) é de 10,5%, ou 77.734 pessoas. Os acreanos que declaram viver entre um quarto e meio salário mínimo representam 6,3% dos habitantes do Estado.

Um dado, porém, chama atenção: mais de 260 mil moradores –ou 35% da população – diz viver sem renda. Neste perfil encaixam-se as famílias beneficiárias dos programas sociais, em especial o Bolsa Família, único programa de transferência de renda em execução no Acre.

Apesar do grande abismo entre os mais ricos e os mais pobres, pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta uma redução nesta desigualdade, mas ainda muito tímida. O índice usado pelo instituto (Gini) para avaliar o grau de desigualdade saiu de 0,20 nas décadas de 1980 e 1990 para 0,16 em 2010.

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