Hopi Hari diz que funcionário pode ter errado e acionado cadeira inativa
Assento foi inutilizado porque poderia ferir usuário na descida do brinquedo. Engenheiro da Unicamp afirma que presença de cinto evitaria acidente
A promotora Ana Beatriz Sampaio Silva Vieira afirmou em entrevista à EPTV na manhã desta quinta-feira (1º), que o depoimento prestado pelo gerente geral de manutenções do parque de diversões Hopi Hari na Delegacia de Vinhedo, no interior de São Paulo, sugeriu que a cadeira em que Gabriela estava sentada no momento do acidente, interditada há pelo menos dez anos, tenha sido acionada por um funcionário de forma inadequada.
“A interdição, segundo informado por ele, se deu pela retirada da bobina que alimenta o sistema de travamento daquela cadeira, de modo que a trava era sempre mantida abaixada. Então provavelmente, o que ocorreu, é que inadvertidamente, negligentemente ou dolosamente algum funcionário do parque acionou a tal trava de segurança, permitindo que aquele assento fosse utilizado nos dias dos fatos", explica a promotora.
“A interdição, segundo informado por ele, se deu pela retirada da bobina que alimenta o sistema de travamento daquela cadeira, de modo que a trava era sempre mantida abaixada. Então provavelmente, o que ocorreu, é que inadvertidamente, negligentemente ou dolosamente algum funcionário do parque acionou a tal trava de segurança, permitindo que aquele assento fosse utilizado nos dias dos fatos", explica a promotora.
O gerente geral não quis falar com a imprensa e nem confirmar o seu nome completo. O mesmo fizeram o delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior e o advogado do parque, Alberto Zacharias Toron. "Não tenho o nome dele completo", disse o advogado. Questionado pelo G1 sobre seu nome e cargo, o gerente geral se recusou a responder. O advogado ressaltou que Fábio Ferreira é quem responde como engenheiro responsável pelo Hopi Hari.
Parque fechado
O parque de diversões ficará fechado ao público para que seja feita a perícia em todos os brinquedos do local pela Polícia. Civil Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) será assinado entre a direção do parque e o Ministério Público (MP) na tarde desta quinta-feira (1º).
“Diante da gravidade dos fatos, considerando que a menina se sentou em uma cadeira em que jamais deveria ter se sentado, isso gerou uma enorme insegurança quanto ao sistema, e não só do brinquedo. O parque aceitou firmar um TAC com o MP, se comprometendo a deixar fechado o parque até que seja feita uma vistoria em todos os equipamentos”, ressaltou Ana Beatriz.
Trava se abriu em perícia
O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil informaram que a perícia feita na tarde de quarta-feira no brinquedo La Tour Eiffel apontou que a cadeira onde Gabriela Nichimura estava se abre no momento da descida. "A perícia de hoje [quarta-feira] atestou que a cadeira onde ela estava faz movimentos de chicote na descida quando o brinquedo é operado", disse o promotor Rogério Sanches.
Procurado pela reportagem, o parque informou via assessoria de imprensa que não vai se manifestar sobre a perícia ou sobre o depoimento dos dos operadores. Em nota divulgada na noite de quarta-feira (29), o Hopi Hari reitera "veementemente a cooperação absoluta com todos os órgãos responsáveis na apuração definitiva do caso".
O delegado Noventa Júnior, também confirmou que a cadeira estava com defeito. Ele falou com o perito do Instituto de Criminalística (IC), Nelson Patrocínio da Silva, que esteve no local na quarta-feira. "Quando a atração é colocada em atividade, a trava se levanta e depois dá uma 'chicotada' e abaixa fortemente", explica o delegado. A falha não foi apontada nas perícias feitas na sexta-feira (24), dia do acidente, e na segunda-feira (27).
O parque de diversões ficará fechado ao público para que seja feita a perícia em todos os brinquedos do local pela Polícia. Civil Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) será assinado entre a direção do parque e o Ministério Público (MP) na tarde desta quinta-feira (1º).
“Diante da gravidade dos fatos, considerando que a menina se sentou em uma cadeira em que jamais deveria ter se sentado, isso gerou uma enorme insegurança quanto ao sistema, e não só do brinquedo. O parque aceitou firmar um TAC com o MP, se comprometendo a deixar fechado o parque até que seja feita uma vistoria em todos os equipamentos”, ressaltou Ana Beatriz.
Trava se abriu em perícia
O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil informaram que a perícia feita na tarde de quarta-feira no brinquedo La Tour Eiffel apontou que a cadeira onde Gabriela Nichimura estava se abre no momento da descida. "A perícia de hoje [quarta-feira] atestou que a cadeira onde ela estava faz movimentos de chicote na descida quando o brinquedo é operado", disse o promotor Rogério Sanches.
Procurado pela reportagem, o parque informou via assessoria de imprensa que não vai se manifestar sobre a perícia ou sobre o depoimento dos dos operadores. Em nota divulgada na noite de quarta-feira (29), o Hopi Hari reitera "veementemente a cooperação absoluta com todos os órgãos responsáveis na apuração definitiva do caso".
O delegado Noventa Júnior, também confirmou que a cadeira estava com defeito. Ele falou com o perito do Instituto de Criminalística (IC), Nelson Patrocínio da Silva, que esteve no local na quarta-feira. "Quando a atração é colocada em atividade, a trava se levanta e depois dá uma 'chicotada' e abaixa fortemente", explica o delegado. A falha não foi apontada nas perícias feitas na sexta-feira (24), dia do acidente, e na segunda-feira (27).
Foto mostra onde garota estava
Uma foto apresentada pela tia de Gabriela mostra que a garota estava sentada em uma cadeira diferente da apontada por testemunhas. "A investigação estava sendo induzida ao erro. Antes trabalhávamos com a hipótese de que ela teria caído no momento da frenagem. Agora acreditamos que ela se agarrou no colete de proteção. A prima dela disse que ela ficou no nível dos olhos dela, como se ela tivesse 'flutuado' e tentado se segurar no dispostivo de segurança. No momento da frenagem ou até um pouco antes, já sem força para se segurar, ela efetivamente caiu. Ela entrou em uma verdadeira arma. Entrou em um brinquedo fatal", completa o promotor Rogério Sanches.
A Promotoria trabalha com duas frentes de investigações, uma criminal e outra do direito do consumidor, e afirma que houve grau máximo de negligência. Tanto o MP quanto a polícia atestam que o parque sempre afirmou que a cadeira estava inoperante há anos.
"Há uma falha gravísima do parque na medida que ele faltou com o dever da informação. Era dever do parque indicar aos operadores e usuários que aquela cadeira nunca poderia ser utilizada", completa Ana Beatriz. "A constatação muda totalmente o rumo da investigação. Fomos induzidos ao erro", afirmou o delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior. A informação incorreta sobre o assento em que a garota estava no momento do acidente foi passada por testemunhas, de acordo com ele. As informações são do G1.
Uma foto apresentada pela tia de Gabriela mostra que a garota estava sentada em uma cadeira diferente da apontada por testemunhas. "A investigação estava sendo induzida ao erro. Antes trabalhávamos com a hipótese de que ela teria caído no momento da frenagem. Agora acreditamos que ela se agarrou no colete de proteção. A prima dela disse que ela ficou no nível dos olhos dela, como se ela tivesse 'flutuado' e tentado se segurar no dispostivo de segurança. No momento da frenagem ou até um pouco antes, já sem força para se segurar, ela efetivamente caiu. Ela entrou em uma verdadeira arma. Entrou em um brinquedo fatal", completa o promotor Rogério Sanches.
A Promotoria trabalha com duas frentes de investigações, uma criminal e outra do direito do consumidor, e afirma que houve grau máximo de negligência. Tanto o MP quanto a polícia atestam que o parque sempre afirmou que a cadeira estava inoperante há anos.
"Há uma falha gravísima do parque na medida que ele faltou com o dever da informação. Era dever do parque indicar aos operadores e usuários que aquela cadeira nunca poderia ser utilizada", completa Ana Beatriz. "A constatação muda totalmente o rumo da investigação. Fomos induzidos ao erro", afirmou o delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior. A informação incorreta sobre o assento em que a garota estava no momento do acidente foi passada por testemunhas, de acordo com ele. As informações são do G1.
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