sexta-feira, 16 de dezembro de 2011


Letras litigiosas,
porque não se dão as mãos?

Pálidas palavras
Paliativos
Vagas vozes
Falas fugazes
que chegam e fogem
- enredar contínuo
da alma em borbulhas de ar.

Crescem, explodem,
oxigenam...
Sufocam.
Cantam, encantam,
enlevam...
Evaporam.

Espumas na areia,
por que não se dão ao mar?

Linhas
entrelinhas...
Tudo me acena
e tudo me falta,
enquanto o momento respira.

Eu sufocando,
e esse cheiro...
e esse ar salineiro
inundando de todos os aromas
que adoram o corpo da Poesia.

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